Martha Medeiros
Não tê-los não é o problema. O problema é descartar essa experiência. Maternidade para mim é escolha. Ou pelo menos, deveria ser. Não se trata só da escolha de gerar, mas a de cuidar. É muito mais do que parir. E deveria ser sempre opcional. Em geral, transcende o limite do “eu”. A maternidade é própria do feminino. Vem dentro da gente e póde ser experimentada. É puro instinto. É sublimação, mas não é só renúncia. É a possibilidade de transmitir genes no tempo. É perpetuação. É espera. É um querer bem incondicional. É aceitação das diferenças. É passeio de montanha-russa. É ser protagonista e nunca coadjuvante. É nunca mais ser apenas uma. No início assusta, depois é como se nunca tivesse deixado de ser assim. Maternidade traz responsabilidades, mas não vem com manual de uso. É bem intencionada, mas imperfeita. E quando omissa, é figuração.
Pelo Dia das Mães que chega nesse domingo, um brinde de champagne às mulheres e suas escolhas. Às mulheres perfeitamente felizes com a escolha de não terem filhos e às que experimentaram a possibilidade de tê-los. A todas as mães imperfeitas, às que não puderam gerar e adotaram, às que não tiveram escolha, às que se planejaram, às que improvisaram, às nossas mães, às que já se foram e até às controladoras. Afinal, mãe é mãe. E quase sempre, são muitas numa só. Além do mais, toda mãe é mulher, e toda mulher é meio Leila Diniz.
“Sobre minha vida, meu modo de viver, não faço o menor segredo. Sou uma moça livre. A liberdade é uma opção de vida”. Leila Diniz
Gostei muito do seu texto sobre a maternidade, ser mãe é uma experiência muito marcante.
ResponderExcluir