quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um olhar sobre a ampulheta

A verdade é que o que dizemos não tem tanta importância.
Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida.
Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam.
O que você diz – com todo o respeito – é apenas o que você diz
”.

Com este trechinho de Martha Medeiros sintetizei a minha primeira década desse milênio. Fiz uma profunda reflexão. Não porque eu ache que de uma noite para um dia, porque era dezembro e virou janeiro, a gente vá mudar tanto assim. Mas porque contamos o tempo através do calendário cristão.

É inevitável pensar que a ampulheta com aquela areinha quase se esvaindo, vai ser virada novamente.

A areia vai recomeçar a cair e o tempo vai continuar se esvaindo, contando nossas vidas e memórias em minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, décadas, séculos, milênios,eras..

O oxigênio ao nosso redor e o sol acima de nós, vão lentamente oxidar e consumir o corpo e a energia que eles mesmos nos dão para sobreviver. Mas viver... Viver é fazer escolhas. tic tac... tic tac...

Para mim, muito se transformou em uma década. O presente é resultado das minhas escolhas e das aleatoriedades incontroláveis. Casualidades. Coincidências, não.

Percebi que os fatos da minha vida contam por si só como eu sou e como estou me preparando para viver o futuro que eu idealizo. Isso me causou certa angústia. Não fiquei satisfeita. Não fiz uma bela resenha de mim mesma. Por isso a virada da ampulheta me motiva a pensar em um novo começo. Fazer outras escolhas a partir de um novo janeiro.

Assim, tentando arrumar um bom motivo para escrever, acho que fiquei com vontade de extravasar palavras em imagens, e penso que nada melhor do que letras de músicas para conduzir. O texto fortalece a imagem.

Assim musiquei uma mensagem natalina e de ano novo com fragmentos de músicas e correspondi com imagens. Acho que vem sendo o tom desse blog.

No ano que passou, eu...
Devia ter complicado menos


Trabalhado menos


Ter visto o sol se pôr .


Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos...


Mas...
Nada do que foi será
De novo do jeito
Que já foi um dia


Tudo passa
Tudo sempre passará.


Para 2011...
Eu estou vestida com as roupas
E as armas de Jorge.


Para que meus inimigos tenham olhos


E não me vejam.


E nem mesmo um pensamento
Eles possam ter para me fazerem mal.
E quero o mesmo para meus amigos...


Em paz com a vida.


E o que ela me traz


Na fé que me faz
Otimista demais,


Eu...
Brindo à casa.


Brindo à vida.


Meus amores.


Minha família.


E meus amigos.


Em 2011 eu vou...
Derramar o bálsamo,


fazer o canto cantar o cantar!


Lá, lá, iá...


E para todas as pessoas queridas...


Venho para a festa


Sei que muitos tem na testa
o deus sol como um sinal.


Eu como um devoto trago um cesto de alegrias de quintal.


Fogo eterno prá afugentar,
O inferno prá outro lugar!


Fogo eterno prá consumir...


O inferno, fora daqui!


E se houver um inferninho para viver no Natal ou no ano que vem:


Não se impaciente, realce!


There will be an answer:
Let it be.


When the night is cloudy


There is still a light that shines on me


Shine on until tomorrow
Let it be.


This little light of mine.


I'm gonna let it shine.


Let it shine, let it shine in 2011.