
We don't need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave the kids alone
Hey, teacher, leave the kids alone !
All in all it's just another brick in the wall"
Pink Floyd
Fui assistir ao filme "Educação".
Achei muito bom mesmo.
Cult, ela é aluna de uma escola tradicional de meninas, se preparando para o curso de letras de Oxford, numa época em que os vestígios da II Guerra e da intolerância racial eram muito latentes.
Onde a rivalidade entre franceses e ingleses não era só motivo de piada, era preconceito mesmo. Nessa época, percebe-se uma insatisfação reprimida que exploridiria, poucos anos depois, no movimento revolucionário da contra-cultura.
Fica claro no filme como o pai de Jenny - representando milhares de pais de família ingleses, classe média - se consideram isolados do resto do continente, na "Ilha", como eles mesmos se referem à Inglaterra. Toda a Europa é para eles apenas o resto do continente.
Gostei da maneira como o filme questionou o hábito de termos discursos e argumentos prontos que, de repente, não convencem mais pela sua enfadonha repetição.

Afinal, por que nos sacrificamos e nos privamos tanto do prazer por ser ele rotulado de incompatível com a realização de um objetivo? Muitas vezes, os sacrificios deixam de fazer sentido. E em algum momento, alguém questiona isso. E faz toda a diferença.
No filme, Jenny sofre com o dilema da escolha entre uma educação formal e o aprendizado da vida que a seduz.
Ela se apaixona por um um bon vivant de uns 30 e tantos anos e muito carisma, que lhe apresenta um mundo mais interessante do que o que ela conhecia até então, mas intuía existir.
Fica claro como o apoio da família é importante nas escolhas de uma pessoa. Principalmente quando ela é muito jovem. Decidir o rumo na própria vida já é uma tarefa difícil por si só, por conta dos medos do desconhecido, do inesperado.
Tudo pode acontecer, tanto de bom quanto de ruim. E isso traz muita ansiedade. Quando se é apenas um adolescente em transição, a disponibilidade para o perigo, para o que apaixona, o que emociona é muito mais forte. Por isso o apoio familiar é tão importante.
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