domingo, 15 de novembro de 2009

O Caminho das Montanhas - Uma idéia realmente genial

Na revistinha de domingo de O Globo, de 15.11.2009, li a matéria que faz parte da série de opiniões que tem saído todo final de semana sobre a visão de algumas pessoas a respeito de um Rio de Janeiro ideal e possível.

Dei de cara com a proposta de Breno Silveira sobre o uso de nada mais nada menos do que bondinhos fazendo a ligação do Rio por cima, por suas montanhas, sem transito, sem poluição, desfrutando do que a cidade tem de melhor e mais natural: sua beleza.

Detalhe: É muito mais barato do que expandir as linhas do metrô e continuar alimentando essas máfias das vans e linhas de ônibus no Rio. Sem mencionar que a situação das linhas de trens não são nem passíveis de comentários. Aquilo não é transporte, nem muito menos serviço, aquilo é um desserviço, uma humilhação, um atestado de incompetência pública e privada. Tendo em vista que o fator humano consumidor desse serviço é de baixa renda, os investimentos são quase nenhum. Lamentável. E sem tratar as pessoas com dignidade não há como educá-las para diferenciar o que é certo do errado. O vandalismo do direito de cidadão. Ganhamos a credibilidade de julgadores internacionais para sediar turistas, atletas e toda a sorte de gente para jogos mundiais. E temos que fazer o nosso dever de casa. É uma oportunidade imperdível!

O Globo tem trazido uma série de soluções idealizadas por gente que pensa numa cidade realmente melhor. Porque é um desperdicio que uma metrópole no meio de tanta beleza natural, seja tão problemática como o Rio.

Essa proposta de Breno Silveira, um cara que é cineasta, é na verdade um projeto de 1978, do arquiteto Cydno Moreira, se pai, que em parceria com outras cabeças, publicou um ensaio futurista, onde apresentava trens elétricos suspensos para circundar as encostas de 3 grandes maciços rochosos do Rio, interligando todos os bairros e regiões pelas montanhas. Como se fosse um bondinho, tal qual o do Pão de Açucar.

Detalhe a ser enfatizado novamente: sem poluição, sem trânsito, com uma vista deslumbrante e com um custo de construção muito menor do que o do metrô e das autovias. A única questão seriam os ventos, raios e trovoadas. Eu não sei o que poderia garantir a segurança de um transporte desses no meio de uma tempestade. Mas devem existir muitos especialistas para isso. Reunindo cabeças pensantes e bem intencionadas, se vai longe.

O que é impactante é a constatação de que nenhuma outra cidade no mundo tem a capacidade e o potencial geográfico para um projeto desta dimensão como a cidade do Rio.

A proposta é a de que um "trem aéreo" correria junto às encostas dos maciços da Tijuca, Pedra Branca e Jericinó em trajetos circulares, como anéis, e com linhas de conexão entre os maciços. Representaria a possibilidade real e lógica de alguém sair do Recreio e chegar em Botafogo em 20 ou 30 minutos. Ou do Jardim Botânico e chegar na Tijuca em 15 minutos. Passando pelo alto da cidade, suspenso pelos caminhos de suas montanhas. Muito melhor do que o cenários de "Os Jetsons".

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