sábado, 20 de junho de 2009

The Doors II

"Toc toc toc... "Hello! Is there anybody out there?" (Pink Floyd)


Se tudo são escolhas, então algumas escolhas erradas são feitas exatamente quando estamos perto de conseguir o que queríamos e acabamos por desistir de tentar. Mas acho que saber a hora de desistir é tão importante quanto a de lutar por aquilo que se quer. Devemos ser mais coerentes e menos repetitivos em nossas vidas. Isso é ser estratégico. É saber se defender. As experiências só podem ser totalmente absorvidas quando deixamos de nos iludir. Mas aí vem a dor pelo enfrentamento com o real. E depois da dor, vem a certeza de que há muitas outras coisas nessa vida que não podemos prever, e por isso mesmo adiamos sua chegada.

Seria bom se pudéssemos parar de nos iludir tanto e reconhecessemos logo as falhas que nos atrapalham, os nossos erros de repetição, as nossas neuroses. Porque é impossível que não exista um mínimo de ilusão em nossas vidas. Ninguém é tão dono da verdade assim. Eu nem pretendo ser. Cada um de nós descobre o quanto de ilusão é capaz de suportar e por quanto tempo. Como diria Caetano: "Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é"

Em situações que não podemos controlar, quando a ilusão de desfaz, penso que desistir de algo não significa necessariamente falta de coragem ou de ambição, mas não se ter mais a certeza de que esse algo valha à pena... Ou ainda porque uma determinada ilusão já te maltratou demais, já te consumiu tanto que não se justifica mais. É hora de novas escolhas, ainda que velhos hábitos e idéias nos paralisem, estreitando nossa percepção, gerando insegurança, medo e nos levem ao adiamento de atitudes que precisam ser tomadas. É preciso abrir algumas portas para as possibilidades que estão do outro lado. Metafórico assim.

Li um negócio que eu achei bem interessante fazendo uma analogia com portas, algo que eu, obviamente, também gosto:

"Se você abre uma porta, pode entrar em uma nova sala. Você pode não entrar e ficar observando a vida.
Mas, também, se você vence a dúvida, o medo e entra, dá um grande passo: nesta sala vive-se.
Mas, também, tem um preço... São inúmeras as outras portas que você não abre.

Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. As portas não são obstáculos, mas diferentes passagens..."

E tem aquela música de A Cor do Som que diz:

"Abri a porta, apareci. O bom da vida, sorriu pra mim."

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