sexta-feira, 1 de maio de 2009

A Casa do Saber

"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original". Albert Einstein

A Casa do Saber é um espaço para palestras e oficinas de estudo sobre os mais diversos temas em artes plásticas, filosofia, literatura, história, música e psicanálise. Reúne professores e conferencistas com cabeças pensantes interessantíssimas. Lá se privilegia o pensamento. No Rio, a Casa fica em frente à Lagoa Rodrigo de Freitas e tem um ambiente extra-acadêmico bem simpático. Tem em SP também.


Fiz alguns cursos nesse 1º trimestre de 2009 e fiquei encantada com as palestras, com a forma inteligente e bem humorada como são conduzidas. Provocam a imaginação. Abrem uma portinha de conhecimento. Fiquei realmente empolgada com a proposta dos temas. Em Filosofia fiz: A História das Religiões e A Geometria das Paixões. Impactantes. Geniais. Divertidos.

Agora comecei esse aqui: GRANDES IDÉIAS E MARCOS DA HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS. Ministrado por Luiz Alberto Oliveira. Um cara que é Físico, doutor em Cosmologia e pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCT), onde também atua como professor de História e Filosofia da Ciência. Outra palestra interessante.

Na 1ª aula falou-se sobre as origens da ciência: As raízes míticas da cultura. Os plantadores e caçadores dos primórdios da humanidade. A observação do céu e o manejo da terra. A origem da civilização. As cosmogonias míticas. Foi tanta informação interessante... Falou-se da Ilíada, da glória de ter a morte cantada em versos, dos mitos de Hermes e Artemis, de Cronos e o tempo histórico e o tempo dos mitos, da invasão bárbara da Grécia e como alguns mitos gregos foram parar na Irlanda, por exemplo. Dos mitos indonésios, do surgimento do homem no norte da Àfrica. Como o homem vagou pelo mundo em transformação, das condições do nosso planeta, do processo de homogeneidade que a nossa civilização está passando. Tudo assim numa prosa leve, às vezes engraçada, que transmite credibilidade. Instiga a curiosidade. Muito legal.

Um pouco sobre um dos mitos comentados:

Cronos era um deus da mitologia pré-helênica ao qual se atribuíam funções relacionadas com a agricultura. Mais tarde, os gregos o incluíram em sua Cosmogonia, mas lhe deram um caráter sinistro e negativo.

Na mitologia grega, Cronos era filho de Urano (o céu) e de Gaia (a terra). Incitado pela mãe e ajudado pelos irmãos, os Titãs, castrou o pai - o que separou o céu da terra - e tornou-se o primeiro rei dos deuses. Seu reinado era ameaçado por uma profecia segundo a qual um de seus filhos o destronaria. Para que esta não se cumprisse, Cronos devorava todos os filhos que tinha com sua mulher, Réia, até que ela conseguiu salvar Zeus.

Cronos simbolizava o tempo e por isso Zeus, ao derrotá-lo, conferiu a imortalidade aos deuses. Os romanos associaram Cronos a Saturno e diziam que, ao fugir do Olimpo, ele teria levado a agricultura para Roma, recuperando suas primitivas funções agrícolas.

Esse aí é um quadro do Goya, que está exposto no Museu do Prado, em Madrid, representando Saturno (Cronos) devorando um filho. É uma figura assombrosa e uma das pinturas a óleo sobre reboco que pertence à série das Pinturas Negras do autor. Mas isso dá um outro post.

O mito de Hérmes e Artemis também foi bem interessante. Mas isso também dá outro post.

Frase dita lá no curso: "Somos seres que observam o céu ao longo do tempo histórico".

Um comentário:

  1. A Casa do Saber é um lugar aonde o conhecimento converge.

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