O restaurante é uma creperia que serve galettes (massa salgada) e crepes (massa doce) feitos exatamente como na Bretanha (região francesa onde surgiu o crepe).
Os crepes de lá são feitos com trigo negro ou sarraceno (sem glúten) - o tal do blé noir - e chegam à mesa fininhos, crocantes e acompanhados de salada verde ao molho de mostarda Dijon, servidos num prato de barro. Uma coisa. E ainda tomei uma autêntica sidra bretã servida numa xícara. A sidra é um tipo de espumante feito com o fruto da macieira. Mas acho que a carta de vinhos podia ser melhor. Pesou na conta sem valer tanto à pena.
E os crepes? Qualquer um com Nutella tera sido bom. Encontrei essa foto na web sobre o crepe de morangos. Não experimentei, não. Mas parece um poema. Agora o crepe de Nutella com avelãs... Humm... E olha que eu nem ligo tanto assim para sobremesas.
Pessoas que compartilham de uma espera em comum estão dividindo uma mesma experiência. É interessante perceber que, às vezes, encontramos pessoas por pura ocasionalidade e elas acabam participando de um momento das nossas trajetórias. Foi assim na espera de uma mesa nessa creperia de Copa. Éramos 5 e de repente nos vimos conversando com duas senhoras, mulheres de mais de 70 anos, que tinham ido a um cineminha e estavam ali para compartilhar um crepe e um vinhozinho, exatamente como nós. Fiquei imaginando que nós, as 4 mulheres ali presentes, bem podiamos ser uma daquelas duas. Que também deviam se enxergar em nós em tempos de mais frescor. Mas nem por isso eram menos mulheres. E estavam ali pelo simples prazer de comer um bom crepe e tomar um vinho tendo a companhia uma da outra. Amigas. Um prazer assim tão simples e tão indescritível. Comer, beber e viver. Em boa companhia, tanto melhor. Sabe aqueles momentos de alegria? De satisfação? Então...
"A alegria é a nossa evasão do tempo". Simone Weil
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